terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Papelão Arte Correio - Caixa de Entrada

De agora em diante, colocarei nesse post todos os nomes das pessoas/coletivos dos postais/envelopes que eu for recebendo da chamada Papelão Arte Correio, informações também no meu facebook http://www.facebook.com/luizfernando.bueno.58:

Eni Ilis - Campinas-SP - Brasil
Joao Bosco Bosco - Hortolândia-SP - Brasil
Daniel de Cullá - Burgos - Espanha
Cascadia ArtPost - Seattle, WA - EUA
Adamandia Kapsalis - Chicago - EUA
Clemente Padin - Uruguai
John Bennett - Columbus, OH - EUA

Olivia Niemeyer - Campinas-SP - Brasil
Edna Toffoli - Uberaba-MG - Brasil
Reid Wood - OH - EUA
LaVona Sherarts - Saint Cloud - EUA
Gersey Pinheiro - Atibaia-SP - Brasil
Miguel F. Degello - Campinas-SP - Brasil
Mark Sonnenfeld - East Windsor-NJ - EUA
Mary J. Grellner - Wentzville-MO - EUA
Uncle Dunha - Atibaia-SP - Brasil
Ana Marta Austin - Brasília-DF - Brasil
Snappy - Victoria-BC - Canadá
Mailarta - Victoria-BC - Canadá
MS Jeanette McConnel - Vancouver-BC - Canadá
Andrea McNeil - Hove-Sussex - Inglaterra
Giovanni e Renata (StraDADA) - Ravenna - Itália
Wilson Antonio Vieira - São Paulo-SP - Brasil
Marysia Raposo - Campinas-SP - Brasil
Maria José Silva (Mizé) - Oliveira de Azeméis - Portugal

Agradeço aos participantes e vamos mandando galera!

Papelão Arte Correio




terça-feira, 31 de julho de 2012

Arte no Brasil 1950-2000: Movimentos e Meios

COSTA, Cacilda Teixeira da. Arte no Brasil 1950-2000: Movimentos e Meios. São Paulo: Alameda, 2004.
Cacilda Teixeira da Costa vive em São Paulo. Doutora pela Universidade de São Paulo, Cacilda Teixeira é especialista em arte moderna e contemporânea no Brasil. Dentre as atividades que exerceu, destacam-se: coordenadora do setor de vídeo-arte Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Curadora do setor de vídeo-arte na XVI Bienal de São Paulo, Chefe de programação da Divisão de Artes Plásticas do Centro Cultural São Paulo, Diretora técnica Museu de Arte Moderna de São Paulo, Curadora independente de várias exposições; Consultora das séries “Arte e Matemática” e “Grandes Mestres” na TV Cultura São Paulo; co-autora de “Todo passado dentro do presente” série de programas para televisão. Autora de várias obras como “O sonho e a técnica, Arquitetura de ferro no Brasil”- vencedor do Prêmio Jabuti 1995. 1

O capítulo “Novas Figurações / Pop Art” do livro “Arte no Brasil 1950-2000: Movimentos e Meios” da escritora Cacilda Teixeira da Costa trata do surgimento do Pop Art no ano de 1950 na Inglaterra. Porém foi em Nova York que a Pop Art se destacou, se espalhando pelo Estados Unidos e dai para o mundo. Em 1963 e 1965, a Pop Art chega ao Brasil pelo movimento argentino Otra Figuración que com duas exposições no Rio de Janeiro semearam uma “semente” que criaria características únicas em nosso país.
Segundo Cacilda Teixeira da Costa, a Pop Art chega num momento que a arte estava extremamente individual e subjetiva. A Pop Art trouxe a figuração de volta a cena, evocando o imaginário do povo, principalmente do sujeito de classe média urbana. Cita em:

[...] Longe de ser uma representação realista dos objetos e conteúdos, mostrava a interação do homem com a sociedade por meio de sua relação com as linguagens, isto é, com as formas de transmissão dos conteúdos socias pela mídia. (COSTA, 2004, pág. 24)

Nos Estados Unidos a Pop Art usa dos meios de comunicação de massa, como os quadrinhos, o cinema, bandeiras, embalagens e objetos do cotidiano, para estabelecer uma relação com a sociedade da época, retratam o consumismo e o poder da mídia. No Brasil a Pop Art absorveu outras vertentes por causa do momento político do país, a ditadura. Explica em:

[...] No Brasil, por exemplo, a volta à figuração teve muitos matizes. Sofreu influência das produções concreta e neoconcreta que a precederam e demonstrou, principalmente depois de 1964, uma conexão profunda com o momento político e social do país, desvinculando-se da Pop art norte-americana. (COSTA, 2004, pág. 24 e 25
A Pop Art Brasileira foi uma experiência que mudou o uso do materiais e a poética de muitos artistas naqueles “anos de chumbo”. Artistas de diferentes vertentes se uniram numa única causa, cada qual ao seu modo de se expressar. Conforme:
Caracterizado estruturalmente pela dualidade entre uma força anárquica de negação, destruidora das formas existentes, e outra formadora, que tende a contruir novas organizações artísticas, o espírito pop teve um papel determinante na introdução de atitudes expressivas desse embate, como o uso de material pré-codificado, as apropriações, a ideia de interação com o público e uma evidente postura crítica. [...] (COSTA, 2004, pág. 25)
Na minha opinião, a Pop Art no Brasil foi inovadora no sentido de quebrar esteriótipos que os artistas tinham com relação a técnica e ao estilo. A liberdade criativa foi manifestada de forma única, a experimentação de novos materias e suportes superou em muito a Pop Art norte-americana.

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1 – Espaço de Cultura Contemporânea Escola São Paulo. Disponível em http://www.escolasaopaulo.org/quem/cacilda-teixeira-da-costa, acesso em 01 de Set. 2011.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Arte Moderna

FABRIS, Annateresa. Arte Moderna: Algumas Considerações. In: Bibliografia Comentada – Arte Moderna. Annateresa Fabris; Silvana Zimmermann. São Paulo: Experimento, 2001.

Annateresa Fabris é professora titular na USP (Universidade de São Paulo) e possui um vasto conhecimento sobre os temas: fotografia, surrealismo, pintura, Portinari e modernidade. Academicamente possui graduação em História pela USP (1969), mestrado em Artes pela USP (1977) e doutorado em Artes pela USP (1984) A ARTE MODERNA NA EUROPA (2010) - Autor
IMAGEM E PERSUASÃO (2004) - Autor
CLÁSSICO ANTICLÁSSICO (1999) - Autor
ARTE MODERNA (1992) - Autor
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No capítulo “Arte Moderna: Algumas Considerações” do livro “Bibliografia Comentada – Arte Moderna”, Fabris aborda os conflitos da Arte Moderna, tratando principalmente do Impressionismo e esse novo momento da arte contextualizado com a Revolução Industrial, a Revolução Francesa e os ideiais filosóficos e científicos da época.

Segundo Fabris, a Revolução Francesa (1789) e a Revolução Industrial (1874) são a base da atitude autônoma da arte. Essas revoluções desencadearam transformações principalmente na visão de mundo do ser humano, agora cercado por máquinas que produzem numa grande velocidade, girando as engrenagens do capitalismo para manter o estado burguês. Explica em:

[...] A vida social torna-se essencialmente mutação; os costumes e a cultura tradicional entram em colapso, confrontados com o fenômeno da moda, com a negação das experiências anteriores, com a radicalização das posturas políticas, fontes de conflitos e de lutas. (FABRIS, 2001, pág. 16)

Fabris aponta as mudanças na concepção de uma obra de arte e o efeito ocasionado por tais mudanças. Para alguns artistas, a legitimidade com aquilo que vê não é mais o que importa, a arte passa a tratar dela mesma e deixa o público chocado, suscitando críticas apoiadas em teorias sociais, como a Teoria da Degenerescência de Max Nordau em que afirma que os artistas constituem um perigo para a sociedade. Conforme:

[...] os degenerados não deveriam ser procurados apenas entre os criminosos, as prostitutas, os anarquistas e os lunáticos, mas também entre os “autores” e os “artistas”. Se o artista quisesse salvar-se deveria abraçar a lógica das ciências naturais, pois elas apontavam o caminho para a conservação e para o bom uso da energia (Mentiras aceitas sobre a nossa civilização, 1883). [...] (FABRIS, 2001, pág. 20)

A partir disso, Fabris distingue duas vertentes de arte: o Realismo Burguês ou Pintura Pompier, apoiado nas regras e preceitos clássicos, embasada na linha; e o Impressionismo, anti-clássico, científico, representante da grande ruptura linear e não-emotivo. Então, haviam os que se acomodavam no aconchegante passado e aqueles que se lançavam para o desconhecido futuro, ou melhor, que vivenciaram o tempo de mudanças que estava ocorrendo. Define:

[...] O Impressionismo da pintura pompier é o avesso especular das pesquisas de Monet e de seus companheiros. Se estas o que importa é a tradução de uma nova percepção de luz, que faz desvanescer as formas, dissolve o mundo, converte tudo em reflexo, o ar livre da pintura pompier exibe formas sólidas e lineares, como que para confirmar uma realidade estável e harmoniosa, mesmo encenada e teatral. (FABRIS, 2001, pág. 22)

Arte, ciência e política sempre caminharam juntas e o capítulo “Arte Moderna: Algumas Considerações” do livro “Bibliografia Comentada – Arte Moderna” da Annateresa Fabris traz à tona toda essa movimentação referente à um tempo/espaço que serviu de estopim para revoluções vanguardistas a posteriori.

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1 – Companhia das Letras. Giulio Carlo Argan. Disponível em http://www.companhiadasletras.com.br/autor.php?codigo=00018, acesso em 07 Nov. 2011

Do iluminismo aos movimentos contemporâneos

ARGAN, Giulio Carlo. Clássico e Romântico. In: Arte Moderna: Do iluminismo aos movimentos contemporâneos. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
 
O crítico e ensaísta italiano Giulio Carlo Argan nasceu em Turim, na Itália, em 1909, e morreu em Roma, em 1992. Contextualizando a arte com o momento histórico, Argan procura dar sentido aos movimentos artísticos. Deixou vários escritos como: Arte Moderna (1992), A Arte Moderna na Europa (2010), Clássico Anticlássico (1999) e Imagem e Persuasão (2004) A ARTE MODERNA NA EUROPA (2010) - Autor
IMAGEM E PERSUASÃO (2004) - Autor
CLÁSSICO ANTICLÁSSICO (1999) - Autor
ARTE MODERNA (1992) - Autor
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No capítulo “Clássico e Romântico” do livro “Arte Moderna: Do iluminismo aos movimentos contemporâneos”, Argan aborda dois conceitos de arte, o clássico e o romântico, ora numa relação dialética, ora de antítese, porém sempre atrelados ao momento histórico e cultural.

Segundo Argan, aproximadamente da metade do Séc. XVIII até a metade do Séc. XIX se estende pela Europa dois movimentos: o Neoclassicismo (1780-1830) e o Romantismo (1830-1850). Nesse momento histórico o artista conquista sua autonomia. Sua atividade, agora de ordem primária, não é mais considerada como conhecimento do real, de trasncendência religiosa ou exortação moral, porém o artista se declara contemporâneo de seu tempo e contextualiza sua obra com o momento histórico. Como no trecho:


A cesura na tradição se define com a cultura do Iluminismo. A natureza não é mais a ordem revelada e imutável da criação, mas o ambiente da existência humana; não é mais o modelo universal, mas um estímulo a que cada um reage de modo diferente; não é mais a fonte de todo o saber, mas o objeto da pesquisa cognitiva. [...] (ARGAN, 1992, pág. 12)
 

Argan aponta aspectos das diretrizes que permeavam esses dois movimentos. No caso do Neoclássico, o autor situa o acontecimento no Iluminismo, a Revolução Francesa. A razão torna-se parâmetro para a arte, assim como um ideal de belo da cultura greco-romano. Mitifica-se o herói dessa realidade histórica, o crescimento das cidades afirma o conceito de sociedade. Sociedade que discute a mímese, a moral e lança suas percepções de forma objetiva, uma busca na natureza pelo belo e sublime, que evoca imperfeições e assimetria do pitoresco. Descreve em:


[...] O “pitoresco” se exprime em tonalidades quentes e luminosas, com toques vivazes que põem em relevo a irregularidade ou o caráter das coisas. O repertório é o mais variado possível: árvores, troncos caídos, manchas de gramas e poças de água, nuvens móveis no céu, choupanas de camponeses, animais no pasto, pequenas figuras. [...] (ARGAN, 1992, pág. 19)


No Romantismo, Argan do mesmo modo que trata o Neoclassicismo, não o isola do contexto de sua época que ainda tem como pano de fundo o cenário da Revolução Francesa, a burguesia, a Revolução Industrial que traz a tona discussões sobre a técnica. Repercurte na arte um ideal, o “eu” que não se sujeita a igreja, mas que valoriza sua pátria. A retomada do antigo também faz sua presença, só que na arquitetura com o gótico. O artista busca recolhimento e reflexão contrários à alienação, o que faz juz a esse período onde a razão é primordial. Para o artista romântico o sublime na natureza é um ambiente hostil e misterioso que representa subjetivamente. Descreve em:


[...] O “sublime” é visionário, angustiado: cores às vezes foscas, às vezes pálidas; desenho de traços fortemente marcados; gestos excessivos, bocas gritantes, olhos arregalados, mas a figura sempre fechada num visível esquema geométrico que a aprisiona e anula seus esforços. (ARGAN, 1992, pág. 19)


Ambos os movimentos apresentam características semelhantes, o que torna difícil defini-los claramente, principalmente as definições de pitoresco que é um intermediário entre as ideias do sublime e do belo. De acordo com (ARGAN, 1992, pág. 20), “[...] mas ambas as poéticas se completam, e na sua contradição dialética refletem o grande problema da época, a dificuldade da relação entre indivíduo e coletividade. [...]”.

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1 – Companhia das Letras. Giulio Carlo Argan. Disponível em http://www.companhiadasletras.com.br/autor.php?codigo=00018, acesso em 07 Nov. 2011.

sábado, 28 de julho de 2012

Reflexões sobre Benjamin



Walter Benjamin
A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica


A aura da arte

Segundo Walter Benjamin, a arte possuía uma aura, devido a sua unicidade e o fazer manual. Com a chegada da fotografia e do cinema, entramos na era da reprodutibilidade que fez essa aura se perder, já que podemos reproduzir em massa, filmes e fotos.


A nova era

A fotografia e o cinema balançaram a estrutura do que é arte. Ao mesmo tempo em que abriram horizontes, trouxe à tona muita discussão. Influenciou a política e a arte, e criou uma nova cultura, novos hábitos. Mexeu com a moda e se tornou o melhor meio de comunicação com a massa.


Arte coletiva e dadaísmo

Numa discussão sobre o cinema, Benjamin aponta para suas características, principalmente de essa nova arte ser produzida como um trabalho coletivo. No dadaísmo, ele descreve as divergências com os antigos conceitos de arte, onde o fazer era fundamental, enquanto no dadaísmo insere-se na obra objetos feitos por outra pessoa. De certa forma, Benjamin discuti o que será a arte contemporânea. 

Reflexões sobre Rouillé


André Rouillé

Da Arte dos Fotógrafos à Arte dos Artistas



Relação Fotógrafo/Fotografia

A fotografia passa por três momentos:
1º - A fotografia é um registro documental.
2º - Criam-se doutrinas para capturar uma imagem que contenha uma essência, para provar que a fotografia é arte.
3º - A fotografia é apenas um meio para expressar uma ideia.


Relação Fotografia/Contexto

Caminhando ao lado da história, a fotografia se libertou à medida que o mundo se globalizava e caíam-se as “algemas” físicas e psicológicas.


Relação Fotografia/Causa e Consequência

Consequentemente a fotografia surge como um novo material no meio de tantos outros que agora sem barreiras, permitem a livre expressão na arte contemporânea.